Desde o dia 21 de Março que ando às voltas de um texto no facebook sobre RESPONSABILIDADE DE BASE e que trata das eleições internas dos nossos socialistas do concelho. Estudam-se disponibilidades e não faltam apelos à “unidade” – coisa importante neste sector como se provou nas últimas eleições autárquicas.
Esperada e confirmada a candidatura de Paulo Ferreira – por causa das coisas… – aventa-se a hipótese tipo salada russa (não faltam aqui generais melhores que Putin) de uma candidatura de “unidade” isto é aquela coisa onde cabemos todos desde que seja eu a mandar, ok?
Gastei quilómetros para perceber o opúsculo de JHP, eu que vi ainda recentemente um almoço entre o conviva com Sua Excª o senhor Presidente da Câmara e, na sequência deste, pude ler no FB uma chamada de atenção dirigida aos jornais locais sobre a “importância” estratégica da nova ponte de Sobrão, no reinado de Meixomil.
Precipitada eu, logo pensei que ali havia acordo, pois esta coisa de mostrar o caminho aos jornais só se faz depois de grande almoço ou provenda expectante.
Mas talvez me tenha enganado; tendo sido, sou levada para um abismo de onde me vai custar muito sair. Será que neste almoço se alinhavou uma narrativa positiva de unidade – daquela feita de argamassa com cinco doses de areia, uma de cal e meia de cimento – tendo em vista o cenário das eleições do PS?
De facto, ambição ali não faltava. Do presidente para condicionar o desenho futuro, do conviva (emissor de mensagens, algumas gravadas) o natural desejo de confirmar a sua vocação política.
Ao voltar a ler RESPONSABILIDADE DE BASE – já li mais de 33 vezes – e depois de voar por Ferreira num dia de sol deparei-me que afinal não tinha valorizado o verdadeiro património político inserto no texto. O meu amigo Hélder Silva apontado como potencial candidato à comissão política concelhia.
Acreditem, se eu não fosse mosca (e portanto pudesse ser militante do PS) pedia a alguém que me pagasse as quotas e pimba: apoiava o camarada Hélder “contra os doutores” embora também pusesse as minhas condições e que seriam as seguintes:
1. Impedir Humberto Brito de trazer o comboio para o concelho por ser solução antiquada;
2. Optar pelo Metro do Porto, com estação no Mosteiro de Ferreira – e aqui apoiar HB na adesão à área metropolitana do Porto;
3. Anexar o território de Figueiras e Nevogilde a favor da Junta de Ferreira – berço do “socialismo pacense”- para destronar o “centralismo” de Carvalhosa.
4.Pedir a JHP que respeite o silêncio democrático.
5. Exigir ao Jocelino pagamento de caução a Ferreira por uso de direitos de imagem do rio Ferreira, desde tempos ancestrais.
6. Explicar aos militantes de Freamunde que o nosso sangue é vermelho.
7.Vender Seroa e Frazão ao concelho de Santo Tirso, de modo a garantir a unicidade do PS no futuro.
8. Garantir que o único nome exigível para candidato à Câmara é o senhor Silva.
9. Mudar o nome do concelho para Terras de Ferreira – a nossa velocidade no futuro não se compadece com os passos da vida – e assim acompanhar a globalização.
10. Nomear Humberto Brito para Ministro dos Negócios Estrangeiros rapidamente para Paulo Ferreira poder ser candidato em eleições que quero antecipadas.
Norma Geral – todas estas medidas terão efeito imediato de modo a que o PSD concorra em Lousada.
Última – O candidato que perder paga um fino no Teles ao Paulo Barbosa.
Como se compreende, estas condições garantem a vitória final e por isso causarão a “unidade” que todos desejamos.
Reverencialmente me despeço, até um dia!
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Eu vejo, eu cheiro, eu sou mosca. E por isso vou andando por aí e disso darei notícias se me permitirem.
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