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Hugo Lopes pede demissão de Alexandre Costa

“Esta evidência expõe, perante os olhos da nossa comunidade, a  incapacidade de Alexandre Costa de assumir compromissos públicos.”- Hugo Lopes, em Janeiro de 2022

Hugo Lopes, actual líder da bancada do PS na Assemleia Municipal, enviou às redacções um comunicado onde explica os contornos das negociações havidas entre o PS e o PSD a propósito do regulamento da dita assembleia e onde se vão alterar as condições de intervenção do público.

O voto do PSD contrariou o entretanto estabelecido no grupo de trabalho e isso justificou uma emotiva intervenção na Assembleia do socialista que agora, por escrito, vai mais longe e exige a demissão do presidente social-democrata, dada “a incapacidade de assumir compromissos públicos”.

O regulamento entretanto aprovado é irrelevante e condiz com muitos dos existentes noutras autarquias do país e não merece tanta emoção que neste caso apenas nos leva a perguntar da motivação (ou ordem) que leva o líder da bancada a dirigir-se ao presidente do partido concorrente  desconsiderando a sua personalidade e sobretudo definindo-o como incapaz.

Isto é demasiado mau para ser verdadeiro (isto é, na sua consciência admite Hugo o que diz de Alexandre?) ou na ânsia de marcar a agenda exagera no discurso para não perder o comboio em andamento – o parlamento e outros? Só podemos entender esta posição (escrita, portanto pensada ou ditada) porque colocada na rota de ascensão política do próprio, por sua vontade ou iniciativa de alguém.

Quando a mosca se dirige ao elefante, fala mas corre o risco de ser esmagada pela distração da paquiderme. Hugo falou, escreveu e deu início à campanha autárquica de 2025, onde o PS terá de trocar de maquinista no comboio eleitoral. Não sabíamos mas ficamos, agora, a conhecer que abriram as vagas na câmara para que os estagiários do nova liderança prestem provas. Muitos são escolhidos, mas poucos passam pelo buraco da agulha, cada vez mais estreita.