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ETAR de Arreigada – quem nasce torto…

Cotrim de Figueiredo passou hoje pelo concelho e encontrou-se com os promotores da Iniciativa Liberal de Paços de Ferreira visitando a Etar de Arreigada. Um acto inserido na campanha autárquica em que o partido concorre apenas à assembleia municipal.

O deputado afirmou ser inaceitável que mesmo depois de o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira ter anunciado que a ETAR se encontra a funcionar a 100%, episódios recorrentes de poluição do rio continuem a ocorrer. “Basta visitar os terrenos contíguos à ETAR para perceber que a ETAR está a funcionar muito mal. Esta não é uma mera questão eleitoralista. É um problema de saúde gravíssimo e um crime ambiental indisfarçável, que a câmara e governo PS já podiam, e deviam, ter eliminado”, constatou João Cotrim Figueiredo.

A equipa do IL – uma missão difícil de implementar uma nova opção política no concelho

 

Desde a sua criação no longínquo mandato de Arménio Pereira (PSD) que a Etar constitui um problema ambiental, sobretudo vivido pela população de Lordelo. Construída na fronteira (por acaso?) dos concelhos de Paços e de Paredes este equipamento é gerido pelo AGS – concessionária do serviço através de um contrato (leonino!) daqueles que nas entrelinhas coloca a responsabilidade política na autarquia pacense mas dispensa a empresa detentora dos direitos de gestão de resolver os problemas de funcionamento.

Daí que hoje, de visita à Etar Cotrim tenha colocado imensas questões, todas elas óbvias, sobretudo a mais evidente: mas porque é que não funciona? Uma questão que – tudo indica – será colocada no futuro. E que deveria ser avaliada pelas entidades políticas do concelho que deveriam encontrar uma forma política e jurídica capaz de responsabilizar o concessionário e forçá-lo a  resolver o problema.

Rio Ferreira – uma oportunidade política

A falta de empenhamento dos partidos políticos no concelho em matéria ambiental tem sido evidente, dado o alheamento da população acerca do rio que constitui o maior património ambiental de Paços de Ferreira. Embora exista a Associação dos Amigos do Rio Ferreira, esta com generosidade mas com escassos meios tem promovido pequenas acções de sensibilização. Trabalho meritório mas residual que continua a ser uma oportunidade política de intervenção comunitária. Haja quem se dedique a esta causa de modo a constituir uma opção estratégica de natureza intermunicipal.

Contudo, a coisa mexe! Hoje, sobretudo os eleitores mais novos manifestam uma adesão crescente para a ecologia. Este sinal talvez seja suficiente para motivar os autarcas a olhar para o território e perceber a oportunidade que o rio constitui para o concelho que procura alternativas de investimento. Há caminhos a andar, e a criar, sobretudo na oferta turística. Mas porque será que quem nos visita daqui saia sem poder VER o rio? Rio que nos dá nome desde tempos imemoriais onde se registou o nosso actual território como “terras do Ferreira”?

Pensar, falar e gostar da nossa terra exige de nós todos desprendimento para fugirmos das “soluções de campanha” que sendo muito variadas e até generosas não enfrentam este problema: como respeitar o rio Ferreira e promover o seu valor estratégico? Haja saúde e coragem, e talvez encontremos uma solução para isto!