Com o relatório da ONU a prever que os efeitos das alterações climáticas vão chegar mais cedo e com mais força que o até agora previsto, surge-nos uma pergunta: O que se deve fazer?
1-Mudar a economia
Para os países serem mais sustentáveis, é necessário mudar a economia e garantir justiça climática e social. As políticas portuguesas e globais são neste momento insuficientes e desajustadas para a situação que vivemos. Com este relatório, se já éramos insuficientes, com a aceleração existente corremos sérios dentro de 20 a 30 anos. Portugal não pode esperar que os problemas sejam resolvidos pelo resto do Mundo e pelo mercado, têm de começar a ser feitas algumas alterações. Uma das alterações possíveis passa por não investir no mercado de carbono, porque os grandes donos desse mercado lucram milhares de milhões de euros; os encargos da população mais carenciada são cada vez maiores e existe um aumento de emissões de gases de efeitos de estufa.
A mudança de organização da economia pode passar por temas falados anteriormente como a economia verde ou a economia azul ou a economia do mar. Alicerçado a esta mudança tem de haver criação de emprego; redução efetiva de emissões nos setores mais poluentes; aposta na produção de energia sustentável; aposta na mobilidade; mudança das plantações; defesa com barreiras naturais as populações em risco com a subida do mar.
Este ponto só pode ser executado pelo Governo mas, convém à população saber os caminhos possíveis para a resolução dos problemas, para no caso de haver incompetência de quem nos governa, poder protestar.
2-Mudar os comportamentos da população
A população é uma das partes fulcrais deste processo. Existem pequenas coisas que todos nós podemos fazer e estaremos ajudar o ambiente como:
- Reduzir, reutilizar e reciclar-‘3Rs’
Adotar a famosa regra dos ‘3Rs’ no seu dia-a-dia, nesta ordem: não comprar coisas desnecessárias; antes de deitar alguma coisa fora, averiguar se há a possibilidade de dar uma segunda vida (por exemplo, potes de vidro podem ser usados para guardar açúcar ou sal) e, em último caso, depositar os resíduos nos recipientes de reciclagem correspondentes.
- Aproveitar a água
Ao ir tomar banho, se a água quente leva muito tempo para sair, armazenar e aproveitar esses litros de água num balde e usá-la para limpar a casa, dar a descarga na sanita ou regar as plantas.
- Apagar as luzes
Apagar as luzes quando não se estiver nas divisões.
- Usar a máquina de lavar roupa com responsabilidade
Esperar até que tenha roupa suficiente para encher uma máquina. Optar por utilizar programas de duração curta e lavar apenas quando as roupas estiverem muito sujas. Além disso, não abusar do sabão e do amaciador: este último é bastante poluente e o seu uso não é recomendado em roupas delicadas.
- Estar atento ao forno
O forno é um dos aparelhos de maior consumo de energia da casa. Portanto, aproveitar cada vez que o ligar para cozinhar várias refeições ao mesmo tempo. No final do tempo de cozedura pode desliga-a energia residual será suficiente.
- Limpeza ‘eco’
Muitos produtos de limpeza são feitos com produtos químicos muito agressivos para a sua saúde e meio ambiente. Tentar minimizar a sua utilização e explorar outras possibilidades mais saudáveis e produtos de limpeza caseiros, como o vinagre.
- Óleo usado, nunca pelo ralo
Cada litro de óleo usado escorremos pelo ralo pode contaminar mil litros de água. Isto pode ser evitado com um simples gesto, armazená-lo numa garrafa e levá-lo até um oleão. Também poderá fazer sabão caseiro com o óleo usado.
- Estar atento ao ar condicionado e aquecimento
Esteja quente ou frio, não abusar do ar condicionado e/ou do aquecimento. Antes de ligar um destes aparelhos, verificar se não pode fechar as janelas e baixar persianas nas horas mais quentes do verão. Estas dicas servem também para o inverno, porque retém o calor natural de uma casa.
- Dispositivos em ‘stand-by’
Não deixar o carregador de telemóvel ligado ou os eletrodomésticos em modo stand-by, pois estes podem representar uma fatia 20% de consumo na sua conta de energia elétrica.
- Consumir de forma responsável
Comprar produtos biológicos com mais frequência, de preferência locais e sazonais e escolher aqueles com menos embalagens de plástico e menos processos de fabricação, logo mais poluentes.
A mudança é necessária! Aplique na sua vida tudo aquilo que conseguir do que foi falado nesta reportagem, para que as gerações futuras não sofram do descuido dos antepassados.
Por David Carvalh,o
- Com este texto David Carvalho termina o estágio que fez na Rádio Freamunde. A reportagem didáctica sobre ambiente aqui publicada com cinco artigos integra e manifesta que interiorizou as metodologias necessárias para evoluir no jornalismo de cidadania. Parabéns David Carvalho. Rádio Freamunde.