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A nossa sondagem para Freamunde

É costume os órgãos de comunicação publicarem sondagens quando se aproximam eleições, ajudando/moldando o sentido de voto de eleitores mais influenciáveis, mas o que interessa é seguir a máxima do ex-jogador João Pinto, defesa direito do FC Porto quando referiu: “prognósticos, faço-os no fim do jogo”

A sabedoria política deste futebolista aconselha-nos a não entrar por esse caminho pois para o fazer teríamos de cumprir as exigentes normas da ERC, inacessíveis ao nosso orçamento.

Mas, conhecidas as candidaturas e as suas propostas, verificamos um vencedor antecipado, a cidade de Freamunde, que, de forma global, se está a mobilizar permitindo aos cidadãos uma discussão muito interessante e que integra muitos dos nossos mais novos – eles que já nasceram com a democracia na barriga e querem, e bem, um país moderno, próspero e justo.

Ser candidato, nestes tempos de informação global e de acção local, exige dos candidatos uma atenção mais completa, atenta a pormenores que podem fazer a diferença. E todos os candidatos são bons, aparecem dotados com a imagem de serem credíveis e por isso dignos de representar a nossa terra.

O mundo muda hoje muito depressa e com ele a cidade de Freamunde que vê nas novas aspirações do seu povo caminhos ainda não andados. E quando todos os nossos candidatos dizem, com sinceridade, o “meu partido é Feeamunde”  nós aceitamos isso por sabermos que é verdade. Como também é verdade quando dizemos “pode haver quem goste muito de Freamunde, mas não há ninguém que goste mais do que eu”.

A discussão política constrói-se assim com a palavra de todos, e a narrativa política acolhe essa discussão introduzindo no programa dos partidos “aquilo que é preciso fazer”.

Talvez falte ainda que os partidos aceitem o contributo mais efectivo da população (sociedade civil) no desenho dos seus programas eleitorais. A abertura destas organizações à “opinião não organizada” levaria estas a garantirem a sua renovação interna e a conseguir uma efectiva renovação dos seus militantes e dirigentes.

Uma coisa positiva aconteceu: as candidaturas são apresentadas por partidos políticos e deixou-se cair a tentação de uma ou mais candidaturas “independentes”. Essa foi uma vitória de Freamunde que reforça a democracia e coloca a discussão política no caminho certo.


Imagem – originalmente editada em Domtotal de Duke