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Rui Rio agora no combate a Costa

Rangel sempre foi um excelente comunicador em termos de retórica concentrada em pequeno discurso, entre o modelo do velho tribuno republicano e o sermão de missa. O problema é que a coisa apenas funciona em salas fechadas e em entrevistas televisivas que sejam monólogos. Convenceu os bispos e os cónegos, mas não aguentou a guerrilha. Dá energia no Parlamento Europeu, mas não dança à moda do Minho, do Douro e do Vouga. (José Maltez)

Rui Rio está agora no combate directo com António Costa, e o PSD a disputar as eleições com o PS. Depois de penosas vitórias e derrotas internas, o líder dos sociais democratas aparece à imagem dos eleitores como que regenerado pela justiça política ao vencer mais uma vez um “golpe” a ele dirigido e promovido pelos seus que a poucos dias das eleições lhe explicaram que todo o seu trabalho não fazia sentido, por não se vislumbrar a capacidade de vencer o PS.

A última luta interna começou com notícias e comunicados de comissões políticas distritais, declarações de autarcas eleitos, todas colocando antecipadamente Rangel na liderança. A conformação da “tendência” vislumbrou-se no conselho nacional quando Rio propôs o adiamento das directas para depois das eleições, no que foi redondamente derrotado, explicando os seus opositores que tinha chegado a hora do fim. Nas televisões desenhou-se mesma a questão se o presidente do PSD se apresentaria às directas, tendo Malheiro, o homem do Ovar – e outrora considerado o homem do aparelho – explicado que Rui Rio estava em “reflexão” mas que não constumava desistir de uma boa refrega.

Nos últimos meses fomos noticiando e comentando os acontecimentos políticos, e sublinhando a necessária recentração do poder ao centro. A vitória de Rui Rio aponta nesse sentido. Relembramos aos nossos leitores algumas notícias que fomos publicando a propósito deste assunto bem como sobre a reconfiguração do centro/direita. Até 30 de Janeiro de 2022, vamos ter muito que analisar para aqui registar.

 

RUI RIO …e porque é que ele não cai? (26 de Setembro de 2021)

Com derrotas preanunciadas ciclicamente na opinião publicada, tramado sempre nas sondagens, enfrenta nos actos eleitorais, a que se submete, a pergunta de sempre: “tem condições para continuar à frente do PSD?”. Responde sempre com clareza e no fim descarrega um sorriso tímido de um homem que sabe o que quer.

Esta noite, teve de negar a morte anunciada e adiar o “enterro” que lhe prometem os seus militantes, sobretudo os pretensos líderes que espreitam a oportunidade para lhe dar a ferradela do lacrau. Acusam-no de não liderar a “direita” – ele que é social-democrata confesso – e de não construir uma narrativa política capaz de unir a facção mais conservadora de Portugal.

Persiste como as pilhas “duracel” – parecem recarregáveis sempre que há eleições – e mantém a firmeza de saber que, no momento certo (quando será?), os líderes de facção reconheçam que ele é o líder do PSD sem o qual a alternativa aos longos governos do PS demorará ainda mais a chegar.

Precisa também de um presidente da República neutro, que deixe a política fazer o seu curso, para que as alternativas cresçam no território do centro-direita. Tarefa eventualmente possível, agora que Marcelo mandou editar no Expresso a sua última previsão: “Tabu, Para o analista Marcelo, António Costa prepara saída em 2023. Pode candidatar-se ao PE, ao Conselho da UE ou voltar nas presidenciais. O PR exigirá estabilidade até lá. À espera que a direita se endireite”.

Mas alguém acredita em Marcelo mesmo que traduzido pelo Expresso?


Foto Expresso – https://expresso.pt/politica/2017-10-06-Rui-Rio-E-hora-de-agir

SORRISOS DE CONVENIÊNCIA (OUTUBRO 27, 2021)

Ontem à noite os telefones não pararam de tocar na corte de Lisboa. O presidente da República precisa de garantir a continuidade do governo e pretende o orçamento aprovado hoje no parlamento.  Ao anunciar precipitadamente que marcaria eleições antecipadas e depois de conhecer a indisponibilidade do PCP e BE Marcelo não largou o telefone e recebeu mesmo na residência oficial o candidato às directas no PSD, Paulo Rangel.

Uma imagem degradante da República que não respeita as instituições e coloca o discurso político da nação ao nível das conversas de café. E assim se fabricam rupturas futuras, se complica o diálogo democrático, mas garante-se aquilo que pelos vistos “interessa”  – a prevalência da vontade de Marcelo.

Esta construção de cenários – desenhados e propostos por Belém – acabará por ser confrontada pela sabedoria do povo português que terá eleições antecipadas, por queda a destempo do actual governo do PS.

PSD Porto deixa cair Rio e apoia Rangel (

A direcção política da distrital do Porto do PSD anunciou o apoio a Paulo Rangel nas eleições directas marcadas para 4 de Dezembro.

Comunicado:

Na sequência da marcação, para dia 4 de dezembro, das eleições para a presidência do Partido Social Democrata, os abaixo-assinados pretendem tornar público a presente declaração de apoio à candidatura do companheiro Paulo Rangel:

.1- As escolhas dos militantes e dirigentes do PSD são feitas em liberdade e em consonância com os valores e os princípios do partido, mas sobretudo colocando em primeiro lugar o superior interesse de Portugal e dos Portugueses.

2- O PSD tem pela frente o desafio de construir uma verdadeira alternativa ao Governo e assumir uma oposição séria, firme e construtiva às políticas desenvolvidas por António Costa, que tem empobrecido o país e está refém das opções ideológicas da esquerda radical.

3- O PSD precisa de protagonizar um projeto político sólido e credível, que privilegie a apresentação de propostas concretas para resolver os problemas reais dos cidadãos.

4- Considerando o aparente conformismo à atual governação, o PSD tem a obrigação de mudar o paradigma de fazer oposição e de ter a ambição de recuperar a esperança perdida dos Portugueses, recolocando Portugal na rota do desenvolvimento.

5- As reconhecidas qualidades políticas e pessoais do companheiro Paulo Rangel, a sua coragem e capacidade de liderança, são a melhor garantia para agregar o PSD e ganhar o País.

6- Mais do que nunca, é preciso unir o partido para enfrentar o próximo ciclo eleitoral, entendendo os subscritores que o companheiro Paulo Rangel tem o perfil certo para essa missão.

7- A sua experiência política, nacional e europeia, a sua visão e modernidade, a sua conhecida assertividade e a forma como está na vida pública, são algumas das qualidades que o partido necessita para crescer e vencer as legislativas.

8- Paulo Rangel é o único companheiro capaz de galvanizar, não só o partido, mas também os Portugueses, que se revêm numa social democracia moderna.

.Porto, 15 de outubro de 2021

.Alberto Machado, Deputado, Presidente da Comissão Política Distrital do PSD do Porto

José Cancela Moura, Deputado, membro da Comissão Política Distrital do PSD do Porto (Vila Nova de Gaia)

Alberto Fonseca,Deputado, membro da Comissão Política Distrital do PSD do Porto (Trofa)

Germana Rocha, Deputada, membro da Comissão Política Distrital do PSD do Porto (Gondomar)

António Cunha, Deputado, membro da Comissão Política Distrital do PSD do Porto (Penafiel)

António Silva Tiago, Presidente da Câmara Municipal da Maia e Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD da Maia

Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel

José Luís Gaspar, Presidente da Câmara Municipal de Amarante e Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Amarante

Vítor Vasconcelos, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Felgueiras

Simão Ribeiro, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Lousada

Francisco Sousa Vieira, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD do Marco de Canaveses

Pedro Cepeda, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Penafiel

Miguel Seabra, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD do Porto

Quitéria Roriz, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Santo Tirso

Pedro Soares, Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Vila do Conde

Rui Rocha Pereira, Vice-presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Vila Nova de Gaia

Jorge Barbosa, Presidente da Comissão Política Distrital do JSD do Porto


Nota: Créditos de foto da entrada na notícia: https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2021-05-06-costa-e-rio-tao-amigos-que-eles-eram/