A Junta de Freamunde emitiu ontem um comunicado onde confirma a nossa notícia da decisão da Câmara Municipal dar início ao cumprimento da promessa eleitoral de construir na cidade a Casa das Artes, tal como foi reivindicado pelas associações culturais.
VEJA (e guarde) o Comunicado pois fica na história da cidade:
APROVADA AQUISIÇÃO DE IMÓVEL PARA A FUTURA CASA DAS ARTES DE FREAMUNDE
OS AVANÇOS e as vantagens da decisão
Como a Rádio Freamunde vem contando aqui passaram dois anos para a CMPF assumir de facto a promessa eleitoral. Entende o poder que se trata de “promessa de mandato” e esperemos que o cumpra dado que a cidade precisa urgentemente de investimentos de natureza reprodutiva com efeitos directos no comércio local e também na recuperação (de valor) imobiliária.
Ao adquirir este espaço, a CMPF compra mais que isso: garante o desenvolvimento do casco urbano e histórico da cidade, amputado que foi (por decisão quase unânime da população!) da praça (comercial) antiga, frente à capela de Santo António: local onde a “grande praça” de Freamunde teve início com o comércio promovido por aquela Confraria.
Há terrenos mais baratos, claro que sim, melhor localizados (depende da opinião de cada um)? Nós achamos que é o lugar certo, conhecido e experimentado aliás pela nossa população que ali se reúne a 8 de Dezembro, religiosamente para muita coisa e até ouvir a banda! É assim um lugar cultural de excelência (como é o Alto da Feira, sede da Mútua e espaço do GTP, como é o lugar do Coreto e da praça da Confraria de Santo António).
Estes são os três lugares históricos de dimensão cultural da nossa gente. E quanto ao espaço de São Francisco, nós já o experimentamos há 17 meses seguidos com a realização ali no restaurante São Francisco com as noites de fado, a cada segunda sexta-feira do mês.
O difícil desafio do consenso
As experiências do passado não têm sido famosas quando o nosso povo foi chamados para decidir o passo colectivo: veja-se a demolição da Praça, e as experiências urbanas no centro que estão muito longe de ser consensuais. Aqui a sensibilidade é maior e precisa de diálogo construtivo no sentido de definir o perfil de Casa das Artes que Freamunde precisa dentro da possibilidade de investimento de quem a vai pagar.
No conhecimento destes dois dados, será imperativo que as associações culturais da cidade participem na concepção do espaço, na lógica do seu funcionamento e na utilidade comunitária que esta Casa das Artes terá que ter para justificar o investimento necessário. Neste caso, será imprescindível ter em conta a opinião da Banda de Freamunde e do GTF – instituições que pela sua especificidade e experiência poderão definir as exigências mínimas para ali actuarem.
Aconteça o que acontecer, a Casa das Artes depois de construída continuará a ser um desafio para a boa imagem da cidade no concelho e região: garantir que se trata de um espaço cultural plural, exigente e sobretudo aberto a todos: isto é, universal!
Rádio Freamunde