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casa das artes
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… E o povo da Gandarela voltou a cantar

Há dias assim. São especiais – sobretudo aqueles em que nos encontramos por um dos nossos subir ao altar e presidir à celebração  da alegria de estarmos juntos. Foi assim a primeira missa em Freamunde do padre José Silva Coelho.

Como escutar o apelo de Deus em tempo de tempestade e descobrir aí a força da fé que nos atrai em Jesus Cristo? perguntou o padre Coelho na homilia onde enquadrou o surgimento da sua vocação e o caminho que percorreu desde a infância (na família, em Freamunde e nos seminários da diocese) até agora, momento em que se despede das paróquias onde estagiou (Aldoar, no Porto e em São João da Madeira).

O padre Coelho sublinhou que os momentos de crise são essenciais  para experimentar e sustentar a fé além de serem uma oportunidade para aderir a Jesus Cristo. Em Cristo percebemos  a nossa causa: experimentarmos a nossa humanidade, dando sentido à nossa história e de todos com quem partilhamos a vida.

Quando temos medo de Jesus, perdemos a fé – disse o padre Coelho que já nos momentos finais de agradecimentos lembrou a figura do Padre Leonel de Oliveira que o inspirou na sua radical vocação de serviço aos outros e de despreendimento. próprio dos espíritos livres.

A Missa Nova

Foi uma celebração muito digna e solene. O padre Coelho entrou na igreja nova de Freamunde num cortejo acompanhado de D. António Taipa, de padres seus condiscípulos e de outros das freguesias vizinhas. Antes de chegar ao altar recebeu uma sentida salva de palmas. O povo presente – sobretudo os vizinhos da Gandarela – estava ali para partilhar a sua alegria por ver que Freamunde dava à Igreja mais um dos seus.

Algumas confrarias, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Freamunde e outras pessoas assinalaram este momento com a entrega de algumas lembranças como reconhecimento e para assinalarem a data.

O pároco de Freamunde agradeceu a vocação do padre Coelho e recordou momentos do seu crescimento na paróquia. Também referiu o contributo da família no acompanhamento e educação do seu filho e recordou ao padre Coelho que pode continuar a contar com a paróquia nesta nova caminhada.

Foi uma tarde muito emotiva. Uma alegria muito grande para a família, para a paróquia e sobretudo para o povo de Freamunde. Os Bombeiros Voluntários fizeram guarda de honra no momento da consagração, e na despedida a Banda de Freamunde (num grupo reduzido de músicos dadas as limitações de saúde pública) tocou uma marcha solene seguida da “Gandarela” e do hino de Freamunde. E o povo cantou. Para que se possa recordar.

Fotos: Pedro Ribeiro

Texto: Arnaldo Meireles