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3 anos 1 mês

Freamunde merece mais

Em dia de festa, a comemorar mais um aniversário, inauguramos mais uma vez o novo centro urbano de Freamunde. A consensual destruição da Praça, deu lugar ao “novo” centro que agora foi remodelado e hoje inaugurado. Quarenta anos de decisões mas sobretudo de inações que nos mostra a cidade que temos. Aberta a todos mas privada de investimento público reprodutivo que atraia visitantes e os convide a cá ficar.

Uma cidade integrada num “concelho urbano” e que perde no seu desenvolvimento estrutural para a sua cidade concorrente e sede administrativa onde se concentram serviços e se projectam ainda mais investimentos, como a nova escola profissional.

A economia política subjacente as estas decisões coloca assim Freamunde a subir numa escada que desce enquanto a sede e as freguesias do concelho se desenvolvem dado que favorecidas pela decisão pública actual.

E se num concelho pequeno se compreende o desenvolvimento integrado de todas as freguesias marcadas pela economia aberta que a todas beneficia, é difícil perceber que um concelho com duas cidades, condene uma delas à privação do investimento estrutural, nomeadamente na área da educação média e superior.

Parece existir uma reserva mental que impede a nossa classe política de olhar para o concelho urbano com a liberdade criativa de ninguém prejudicar, preocupada que parece estar na gestão do equilíbrio circunstancial do valor partidário que a todos condiciona.

As obras de decoração que hoje inauguramos são uma satisfação de todos, mas ficamos com água na boca por nos faltarem as dinâmicas que perdemos e por não termos recebido resultado nenhum das promessas acumuladas. E não as vamos assinalar aqui, pois são do conhecimento de todos.

Em dia de festa que todos merecem, um voto de confiança nos freamundenses – todos temos a função de explicar melhor que Freamunde merece mais.

Rádio Freamunde

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As imagens documentais da criação da

nossa cidade

Obrigado CDS, somos cidade invencível há 20 anos

Celebramos a 19 de Abril o esforço de homens livres que deram corpo às aspirações da nossa gente e que trabalharam para que Freamunde fosse cidade- António Correia, Álvaro Castelo-Branco e Firmino Meireles que entregaram à Assembleia da República o requerimento de elevação da vila ao estatuto de cidade, depois de a assembleia municipal ter aprovado por unanimidade esta possibilidade.

Em 2001 Freamunde queria ser cidade, a forma mais simpática que o PSD acolheu para secar as aspirações de muita gente de promover a nossa terra a sede de um novo concelho (e assim se esboroou a ideia, por agora). E teve no Toninho Correia (aqui em Freamunde é assim que o queremos tratar) uma liderança que fica na memória de todos – acima de tudo, Freamunde”- diz ele.

A população de Freamunde aderiu entusiasticamente à ideia e muitos de nós marcaram presença na Assembleia de República para assistir à intervenção do deputado Nuno Melo. Foi uma vitória devida e merecida para a nossa terra e concelho que passou a ter no seu território que saber gerir duas cidades – naquilo que implica desenvolver o território urbano.

Em 2001 a situação económica e social do nosso país favorecia o crescimento dos negócios e Freamunde participava no ciclo económico de sucesso do país que, em 1983 enfrentara a visita do FMI para controlar as contas de Lisboa, mas aqui falávamos (e bem) que não tínhamos desemprego no concelho e que a vitalidade da nossa terra, assente em empresas pujantes e uma população jovem, garantia um desenvolvimento sustentado que justificava o optimismo vivido.

Nos últimos 20 anos, o investimento público não parou e as opções tomadas pela autarquia são visíveis tornando-se a nossa terra uma cidade moderna, dotada de infraestruturas na saúde, água, saneamento, lazer, e transportes. Uma cidade que teve a coragem de construir uma nova igreja paroquial num esforço arrojado e que no início tantas dúvidas levantou. Mas sabemos bem que a nossa terra tem sempre muitos cépticos. E também acreditamos que o desconhecimento é primeiro patamar para se poder acreditar em alguma coisa.

Passados 20 anos devemos reconhecer que valeu a pena querer mudar para melhor, criar as infraestruturas que levaram ao desenvolvimento. E daqui desenhar novas metas para deixarmos aos nossos filhos e netos uma cidade do século XXI.

A nossa terra é extraordinária. Em cada eleitor temos um presidente de Junta! E por isso é tão difícil de gerir, mas vale a pena, porque se todos são líderes é porque estão preocupados com a coisa comum, e isto constitui o princípio de arranque para todas as lutas que hão-de chegar. E nessa altura (sabemos) que não faltarão soldados.

A discussão da coisa pública nesta terra é assim difícil, na vertente política e sobretudo em tempo de eleições autárquicas a divisão reina e infelizmente divide amigos, famílias, vizinhos que só aceitam partilhar a luz das mesma estrelas na noite de fogo das sebastianas.

Ultrapassar esta divisão tornará Freamunde invencível. E ao contribuir para isso só estamos a cumprir o sonho de quem nos entregou esta terra para amar. Viva Freamunde, invencível!

Rádio Freamunde