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Hélder Sousa, o mais jovem columbófilo de Freamunde, campeão com a “Branquinha

A paixão pela columbofilia surgiu desde cedo, havia sempre pombos a criar nos telhados lá de casa, no lugar do Outeiro, em Freamunde. A paixão foi aumentando, Hélder Sousa e o seu irmão, Marco Sousa, fizeram um “pombalzito” no quintal. Um dia, o pai, Bernardino Sousa, apareceu com um relógio de marcar os pombos. Começaram então a ir para a sede da Sociedade Columbófila de Freamunde, o segundo clube desportivo mais antigo do concelho, e travaram amizade e conhecimento com outros columbófilos, o João Nogueira, o Tristão, o Luís Andrade, o “Quinzinho” Pinto, o sr. Rompante, de Sanfins, com quem foram aprendendo os segredos da columbofilia. Fizeram um pombal melhor e começaram a competir. Foi sempre a crescer e hoje têm um pombal com umas dimensões e condições fora do que é mais habitual, podendo acolher 200 pombos, contando neste momento com 160 pombos, já com os reprodutores.

É uma paixão que obriga a uma grande entrega, dedicação e disponibilidade. Diariamente, pelas 7.00 horas da manhã, até às 9.00 horas, e ao final da tarde, das 18.00 horas às 20.00 horas, o tempo é passado no pombal a cuidar dos pombos, para os soltar, dar banho, alimentar. Não é um desporto apelativo para os jovens, pois obriga a despesas consideráveis. Este “bichinho” pela columbofilia foi transmitido pelo pai, Bernardino Sousa, em nome de quem está inscrita a equipa, que por sua vez, tinha sido incentivado pelo seu padrinho, e tio, o senhor Bernardino “Canário”, de Meixomil, que também competia pela Sociedade Columbófila de Freamunde e vinha trazer os seus pombos de bicicleta. Recentemente conseguiram um grande feito na maior solta de pombos-correio da Europa, uma prova organizada pela Federação Portugal de Columbofilia e que levou a que 50 mil pombos-correio voassem de Valência, Espanha, para Portugal, em representação de 14 associações distritais, 400 clubes e cerca de 8 mil columbófilos. A “Branquinha” conseguiu a proeza de voar cerca de 686 kms e obter a seguinte classificação: 1.º Lugar Distrital; 3.º Lugar até 700 km e 12.º Lugar a nível Nacional, apesar da localização geográfica de Freamunde ser desfavorável.  

Para além da “Branquinha”, também mora no mesmo pombal outro grande campeão, o “Bom”, assim apelidado pelos títulos que conseguiu vencer, ganhou anilhas de ouro geral, anilhas de ouro meio fundo, melhor pombo do bloco, 3 concursos de Alcoy de 750 Kms. Todos os pombos deste pombal são descendentes da linha deste campeão, que agora está velhinho e doente. Com saúde e juventude está o Hélder Sousa, que esperamos continue a dar vida, como outros o fazem, à Sociedade Columbófila de Freamunde.

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Texto e fotos – Pedro Ribeiro