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Toninho Correia – Vem comigo amar Freamunde

O António Maria Leão Torres Correia, nasceu, foi criado e viveu sempre em Freamunde, tal como os seus pais, Carlos Manuel Correia da Fonseca e Felisbina Irene Leão Torres. Alguns ainda se lembram dos tempos em que era mais conhecido como o “Toninho da Ireninha”, algo com que sentia um enorme orgulho, o mesmo que sentiu quando viu concretizado o desejo de ter uma neta com o nome da sua mãe, Irene.

As melhores memórias da sua infância são no lugar de Vista Alegre, onde vivia e convivia com os seus vizinhos e outros amigos que por lá apareciam, como o Jorge da Arminda, o Jorge Torrinha, o Tarcísio, o Fernando Viana, o Fernando Lacerda, o Nani Santos, o Eduardo Santos, o Chico Chamusca, entre outros. Também são boas as memórias do tempo em que andava na Escola Primária com a Professora Gracinda, a sua primeira professora, que foi também, curiosamente, professora da sua esposa. Boas são também as memórias do seu Professor Francisco Valente. A quarta classe já foi concluída com o saudoso Professor Jaime Brito. A preparação para os exames de admissão ao Liceu e Escola Comercial de Guimarães é feita com a Professora Rosalina Oliveira.

Poucos anos após, era chegada a hora de ingressar no mercado do trabalho.

– Acho que ainda não tinha quinze anos e vou trabalhar para a Telme. Uma grande empresa de produção de pregos e trefilagem, de que guardo um grande respeito e consideração pelo senhor Comendador António Teles de Menezes. Eu era um “paquete”, um ajudante do escritório, ia de bicicleta buscar o correio. Depois fui para o arquivo, porque eu sou perfeccionista e gosto das coisas muito certinhas. O chefe do escritório era o meu primo Celestino Correia de Moura e foi um grande mestre que eu tive e que me impulsionou a tirar o curso de Guarda Livros no Sindicato dos Empregados de Escritório, no Porto. O Dr. Fernando Vasconcelos, que era muito meu amigo, criou a sociedade “Dias & Vasconcelos” com o senhor João Dias e convida-me para ir para lá trabalhar e logo para ganhar o dobro. Mais tarde acabo por regressar à Telme. Depois, o senhor Simão, que fazia os transportes para a Frama diz ao senhor António Augusto:

– Oh, pá, tem lá um rapaz em Freamunde que era o ideal para vir para cá trabalhar.

– O senhor António Augusto era a pessoa melhor do mundo que eu conheci, mas explodia com facilidade e os rapazes punham-se a mexer. Num domingo, veio a minha casa com o senhor Simão falar comigo e lá fui para a Frama. Foi a sorte grande que me saiu. O senhor António Augusto era uma pessoa extraordinária, um homem inteligentíssimo. Nunca me chamou Correia, nem Toninho. Era, “ó bom, isto…” e “ó bom, aquilo”… Trabalhei na Frama desde 1967 ou 1968, a 2002. Nos anos 90 tive a Clínica Santa Irene, mais tarde um Stand de Automóveis e quando me reformei e como não tinha nada que fazer criei “O Campo”, uma quinta para eventos e casamentos.

Toninho Correia com o senhor João e o António Augusto, da Frama

Em 1971, o jovem Toninho Correia vai cumprir o Serviço Militar Obrigatório e faz a recruta em Vila Real. Em Dezembro desse ano vai para a Escola de Transmissões, no Porto, tirar a especialidade de Radiotelegrafista. Entretanto vai para o IAO, na Amadora, onde engendrou uma artimanha para que o Comandante do quartel o deixasse vir passar as Festas da Vila. Em Agosto, dá-se a partida para a guerra colonial, em Angola, uma tristeza impossível de imaginar, só mesmo quem passou por ela.

– Eu fui de avião, não fui de barco e chego lá cansadíssimo, estourado. Chego a Luanda e conforme combinado vou ter com o Luís Armando. Ele era um doutor, não queria vir embora, era Cabo Especialista da Força Área. Depois fui de avião para Cabinda. Nós tínhamos um Capitão valente, rigoroso e por isso é que nos safamos. Eu era contra a guerra. Eu era um revolucionário, em 1969 cheguei a andar a colar cartazes e pertencia à CDE – Comissão Democrática Eleitoral. Cheguei a reunir com a Engª Virgínia Moura, na Rua do Almada, no Porto. Era eu, o Rui Magalhães, o Aloísio Lobo, o Padre Meireles, da Raimonda, que depois deixou de ser padre, o Álvaro Neto. O 25 de Abril passei em Angola. Eu estava de serviço no posto de rádio e recebo a mensagem do 25 de Abril. Vou com a mensagem para o operador de cripto, ele começa a decifrar a mensagem e agarrou-se a mim aos abraços. Adorei Angola, o clima, e em Outubro de 1974 regresso para casa e para o trabalho, na Frama.

O ano de 1975 começou da melhor maneira e no logo no dia 1 de Janeiro começa a namorar com a Rosa Fernanda, que viria a ser a sua esposa, a mulher da sua vida e mãe dos seus filhos, o Nuno e o Rui Carlos, que também já têm os seus descendentes. O Nuno é pai do Nuno e da Irene e o Rui Carlos é pai do Manuel e do Nuno.

Freamunde é uma terra de um forte associativismo, havendo quem ao longo da sua vida seja dirigente de várias associações. O Toninho Correia é um desses grandes freamundenses. Durante seis anos foi dirigente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Freamunde. Foi durante nove anos dirigente do Clube Recreativo Freamundense, e claro, também foi dirigente do Sport Clube de Freamunde

– Eu era sócio, mas não ligava quase nada ao futebol. O meu amigo Jorge da Arminda é que me meteu o bichinho. O futebol juvenil estava em baixo, era só o meu tio e padrinho Toninho Torres, que fez muito pelo futebol e por Freamunde, e o Anselmo Marques que o ajudava, que era também um grande freamundense, era um espetáculo. Numa Assembleia Geral, o Jorge da Arminda assumiu arranjar a lista para a secção juvenil. Eu disse-lhe que não percebia nada de futebol mas lá aceitei. Chegamos a organizar as provas de Motocross e todo o dinheiro que arranjamos entregavamos ao Presidente, o senhor António Alves. Tivemos o equipamento mais bonito que o Freamunde teve até hoje, era mesmo à Freamunde e foi oferecido pelo João Conde por conseguirmos ir à Taça Nacional de Juvenis. Mais tarde criei a equipa de voleibol e tive alguns problemas familiares, eu ganhava bem, mas era eu que pagava tudo. Depois fui diretor dos séniores durante muitos anos. O jogo que mais me marcou foi um Freamunde – Paços, em que fomos altamente prejudicados pelo árbitro Bruno Paixão. Eu entrei dentro do campo e cheguei a receber ordem de prisão pela GNR. Perdi aí o interesse pelo futebol. Há um treinador e mesmo até como jogador que eu destaco, o Jorge Regadas. E há um jogador que me marcou, era o Brandão. Era um rapaz valente, raçudo, gostava da maneira dele de jogar, à Freamunde. Houve outros, como o Sacramento, o Rui Pacheco, o Leonel Oliveira, o Filipe Leal, o Rui Leal, Laurindo, isto dos que jogaram quando eu fui diretor. De outros tempos destaco o João Taipa, o Humberto, o Ernesto.

Equipa de juniores do Sport Clube de Freamunde

Equipa de Voleibol do Sport Clube de Freamunde

Talvez em 1966 e quando teria 15 anos, juntamente com outros jovens da sua época, o Toninho Correia é um dos fundadores do C. C. F. – Centro Cultural Freamundense, que funcionava no piso superior do edifício onde hoje é o Cartório Paroquial, ao lado da Capela de Santo António. Fizeram as obras necessárias no espaço e logo depois começaram os bailes. O C. C. F. tinha uma biblioteca, uma mesa de ping pong, uma sala de convívio com televisão, um bar. Uma coisa muito boa para aquela época mas que acabou depois do 25 de Abril.

Baile no Centro Cultural de Freamunde. Da esquerda para a direita: Toninho Correia, Olívia Malheiro, Nani Santos, António Pinto e Ernesto Pereira

É normal um freamundense fazer parte da Comissão das Sebastianas, mas o Toninho Correia ainda é do tempo em que havia simultaneamente a comissão de solteiros. Dessa comissão de solteiros ainda se lembra que também faziam parte o Fernando Viana, o Jorge da Arminda, o Zé Maria Lopes. Mais tarde, em 1985, é nomeado para a Comissão das Sebastianas, entre outros, com os seus amigos Miguel Marques, o Jorge Torrinha, o Luís Armando, numa comissão que foi presidida pelo Luís Rego. A realização do primeiro festival de folclore concelhio, com a atribuição de medalhas de ouro a todos os grupos participantes foi uma grande novidade e trouxe uma enorme multidão até Freamunde.

Foi neste ano que os grupos de bombos vieram em muito maior número às Sebastianas, acabando por se tornar ao longo dos tempos numa das suas marcas, levando os romeiros muitas vezes ao delírio.

Ser autarca nunca foi um objectivo na vida do Toninho Correia.

– Fui convidado, na primeira vez, em 1985, pelo senhor Carneiro para fazer parte da lista dele, eu e o Luís Armando. Fui Secretário do senhor Carneiro e na altura o executivo só tinha três elementos. O José Maria era o Tesoureiro e o senhor Carneiro era o Presidente. Na altura chamavam-nos os três duques. 

As pessoas criticam muito a Praça mas não deviam criticar. Aquilo não tinha cabimento nenhum. Os projetos na altura estiveram expostos e ninguém lá foi reclamar. O Dr. Fernando Vasconcelos chamou-me a casa dele e disse-me que íamos criar um problema e destruir Freamunde e eu perguntei-lhe porquê, ao que o Dr. Fernando Vasconcelos me respondeu:

– Aquele projeto que nós tínhamos pensado naquela altura era tão bonito, reconstruir a Praça com lojas. Vocês têm é que fazer força na Câmara. Nunca irei estar de acordo com o que vocês vão fazer, mas o povo é que manda.

O Professor António Campos foi o sucessor do senhor Carneiro e passados quatro anos o Toninho Correia chega a Presidente da Junta de Freguesia de Freamunde, cargo que ocupou durante dois mandatos, oito anos, sendo durante um mandato, Presidente da Assembleia de Freguesia de Freamunde, retirando-se de seguida.

Construção do Parque de Lazer

O regresso às eleições autárquicas acontece em 2013.

– Eu não estaria se calhar bem consciente do que estava a fazer e recandidatei-me à Junta de Freguesia e foi o meu maior erro. Eu nunca fui político, eu nunca fui filiado em qualquer partido, fui sempre independente dentro do partido, eu queria era lutar por Freamunde, nunca misturei política com Freamunde. Eu era a ovelha ranhosa, todos os dias ia à Câmara. Um Presidente de Junta tem que ter disponibilidade e foi assim que se fez muita obra. A obra mais importante no meu primeiro mandato foi o Parque de Lazer. No segundo mandato, o mais importante foi convencermos o executivo da Câmara e a Assembleia Municipal a fazerem a Escola Secundária e as piscinas. Não eram as piscinas que nós queríamos mas sim as que foram possíveis. Já não estava na Junta quando acabaram por ser inauguradas. Não foi um mérito só meu. Sem o Zé Maria, eu no segundo mandato tinha saído, foi a pessoa mais importante para mim. Era um homem sensato, amigo do amigo. Quando eu tinha os meus exageros era o Zé Maria que me controlava. O Parque de Lazer deve-se a nós, foi uma obra que me pôs velho. Eu e o senhor Garcia, construtor civil, é que “fizemos” o rio, aquilo eram canteiros. Com as máquinas, abrimos aqui, abrimos acolá, quando chegamos à lagoa ele mandou pôr mais aquilo mais largo. Não houve contas, a lagoa foi oferecida pelo senhor Garcia e as pontes e os barcos foram oferecidos pelo José Almeida. Só mais tarde, o alcatrão, os passeios, a iluminação é que foi com a Câmara. Foi também muito importante termos conseguido o posto da GNR para Freamunde e foi também muito importante a colaboração do meu amigo e freamundense, Raúl Brito, na altura Vice-Governador Civil do Porto, a quem eu quase todos os dias lhe telefonava para pressionar para termos a GNR, que era uma aspiração e luta da Junta de Freamunde, já nos mandatos anteriores. 

Inauguração do Posto da GNR de Freamunde

Quando estava prestes a completar o segundo mandato, oito anos como Presidente da Junta de Freguesia da nossa Cidade, decidi como forma de agradecer a todos os quantos me apoiaram e manifestado sua confiança, publicar o livro “Freamunde – apontamentos para uma monografia”, onde tentei reunir não só as coisas mais importantes do nosso passado como do nosso presente. Rodeei-me das pessoas que entendi mais capazes, no sentido de uma investigação rigorosa e desdobrei-me em imensos passos para que esta obra correspondesse ao objectivo proposto e representar um motivo de orgulho para quem, como eu,  deseja elevar cada vez mais alto esta terra de “paz e protecção”, mesclada de branco e de tons do céu. 

O Arquitecto Firmino Meireles, vereador do CDS, falou com o Presidente da Junta de Freguesia de Freamunde, Toninho Correia, sobre o interesse em concorrerem para que Freamunde fosse cidade. Proposta aceite, começam as reuniões de trabalho entre a Junta de Freguesia de Freamunde, o Arquitecto Firmino Meireles e o responsável distrital do CDS, o Dr. Álvaro Castelo Branco. A 19 de Abril de 2001, a proposta é apresentada na Assembleia da República pelo deputado Nuno Melo, do CDS, e aprovada, na presença de cerca de 300 freamudenses que se deslocaram a Lisboa.

– Foi marcante, o povo de Freamunde a gritar e a bater palmas como se estivessem num concerto de música. Eu gostei de todos os discursos, o discurso do deputado Manuel Moreira, do PSD, foi muito bom, o discurso do deputado Nuno Melo, do CDS, que era o proponente, teria que o ser, mas o discurso do deputado Honório Novo, do PCP, tocou-me muito, ele falou como se conhecesse Freamunde. Eu tenho pena que não haja uma gravação. 

A 27 de Janeiro de 2001 um acontecimento trágico acaba por marcar a vida do Toninho Correia, o falecimento num acidente de viação do seu grande amigo André Almeida, filho dos seus grandes amigos José Almeida e Adélia do Espírito Santo, e grande amigo dos seus filhos e esposa. Vivendo já anteriormente períodos de muita tensão, esta tragédia acaba por o fazer ir abaixo emocional e psicologicamente. É nessa altura que se dá o ingresso na associação “A Nossa Âncora – Apoio a Pais em Luto”, mesmo não estando nessa situação, o estado de espírito que vivia e a proximidade à família do André Almeida levou a que fosse convidado para membro da Direção. As reuniões da Direção eram em Lisboa, mas também foram feitas reuniões em Freamunde, com pais em luto desta região. A morte precoce do André Almeida acabou por dar origem a uma nova associação em Freamunde, onde o Toninho Correia está desde a primeira hora

– Os pais falaram comigo, a D. Adélia e o senhor Almeida e perguntaram-me:

– Queres um Lar em Freamunde, que eu pago o investimento?

– Eu claro que aceitei, fui falar com o Presidente da Câmara Municipal, Prof. Arménio Pereira, que me disse:

– É para já, Toninho, não vamos perder esta oportunidade.

– E o terreno?

– Arranje o terreno.

– O Eng. José Manuel Soares tinha-me falado no Parque de Lazer. Ele vivia aqui no prédio ao lado das bombas da Galp e quando ia para a varanda via aquele espaço e falava que ali devia ser um Parque de Lazer. O Parque de Lazer surge com a construção do Lar. Eu aproveitei as máquinas da construção do Lar para utilizar no início das obras do Parque de Lazer para “fazer” o rio. O Lar tinha que ser feito por uma Instituição Particular de Solidariedade Social e eu fui falar com o Padre Meireles, que era meu amigo e me diz:

– Ó senhor Correia, você sabe o que é um Lar? Você não imagina o trabalho que dá um Lar e que não dá lucro a ninguém.

– Ó senhor Padre, enquanto nós formos vivos, o senhor Padre não tem problema nenhum, eu, o José Almeida, o Manelzinho Carneiro e o Zé Maria, nós responsabilizamo-nos por isso. 

Passaram a fazer parte da Sub-Comissão Fabriqueira e só tratavam de assuntos do Lar. No entanto um feliz encontro num almoço de aniversário dos Bombeiros de Freamunde levou o Toninho Correia a convidar o Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa a visitar as obras, que o incentiva e se presta a ajudar no processo da criação da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Freamunde, que a 24 de Dezembro de 2003, por despacho de Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo do Porto, Dom Armindo Lopes Coelho, foi erigida canonicamente em Pessoa Pública de Direito Eclesiástico. Desde a sua criação que o Toninho Correia exerce o cargo de Vice-Provedor.

Em Novembro de 2020, o Toninho Correia travou uma longa e difícil batalha contra a covid-19, acabando por sair vencedor, podendo mesmo dizer-se que regressou à vida.

– Custou-me mais isto que estar na guerra, mas acho que vou estar por cá mais uns aninhos. Aquele tempo que estive nos cuidados intensivos depois do coma foi muito doloroso. Eu não tinha sintomas, nunca imaginei que ia ficar positivo, fui fazer o teste e ao outro dia já estava em estado grave. Eu considero que foi um bocado um milagre e os médicos também o consideram. Foi um momento muito emocionante quando o meu filho Rui Correia, que é médico, entrou na enfermaria, no Hospital do Vale do Sousa, em Penafiel. Fiquei muito sensibilizado, já não o via há um mês. O reencontro com a minha esposa, na entrada do hospital, foi um momento de muitas lágrimas, até uma bombeira que assistiu também chorou. O reencontro com o filho mais velho, o Nuno, acontece já em casa, logo que eu cheguei, assim como com os meus netos e neta.

Houve também amigos que estavam um pouco afastados, que foram os primeiros a aproximarem-se, a quererem saber do seu estado de saúde, principalmente um desses amigos. Logo que se reencontraram houve um abraço e lágrimas que selaram o regresso à amizade que começou ainda na infância de ambos.

O Toninho Correia mudou a sua perspectiva sobre a vida, percebeu que afinal não somos imortais, que ainda defendemos e ajudar mais quem não se sabe defender, que há gente que temos que ajudar, que temos que estar disponíveis para toda a gente. O Toninho Correia já sabe que não somos imortais, não sabe é que há exemplos de vida que serão perpétuos.

Por Pedro Ribeiro