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PSD – Rangel atira-se ao Rio

Num conselho nacional tumultuoso, 70 conselheiros desautorizaram Rui Rio e 40 mantiveram-se ao seu lado, e Paulo Rangel confirmou que vai disputar a liderança do partido em 4 de dezembro próximo – isto apesar de na véspera o líder contestado ter defendido o adiamento desta decisão, ficando assim disponível para disputar as eleições se, por eventual recusa do orçamento, o país for confrontado com eleições legislativas antecipadas.

Esta decisão estava desenhada nas estrelas, depois da relativa recuperação do partido nas eleições autárquicas de setembro último e sobretudo motivada pela “razões de esperança” que os sociais-democratas descortinam na vitória de Carlos Moedas, no município de Lisboa.
Recorde-se que Rio já enfrentou um Conselho Nacional desta natureza (que entretanto venceu) aquando do apetite eleitoral de Montenegro, hoje ao lado de Rangel que terá entretanto recolhido apoios nas distritais do país preparando-se agora para disputar o poder. Vai ser agora no dia 4 de Dezembro.
Se ganhar terá de iniciar a “caminhada da carne assada” que prevíamos ser necessária num artigo editado na Rádio Freamunde, no dia 14 de março deste ano, e que “tanto desagradou às estruturas locais sociais democratas” do nosso concelho. Interpretar a política e fazer jornalismo, não é de facto matéria notarial. Mas verifique aqui:

Rangel em visita relâmpago

Paulo Rangel, exilado politicamente em Bruxelas, visitou o nosso concelho a pedido do PSD local, e deslocou-se à citânia de Sanfins – damos relato disso na secção Eleições 2021. Tratou-se de uma visita cultural e serviu naturalmente para aquecer os motores da campanha que está aí.

Ao retratar o que está mal, esqueceram-se de verificar o que está bem. E Rangel – por ser quem é e o que representa na política nacional – merecia uma visita mais alargada à nossa terra para que pudesse verificar, olhos nos olhos, as expressões culturais da nossa gente, ao longo da história que tendo começado em Sanfins não se esgota nela.

Esperamos que Rangel possa um dia trocar a missa na Igreja do Foco, na Boavista, por outra – tem o mesmo valor – no mosteiro de Ferreira. Vai verificar o esplendor religioso que ali se exprime pela nossa gente desde o século XII.

Em diversas épocas do ano, pode voltar cá para participar na semana do capão – um evento gastronómico e cultural que atrai milhares de pessoas ao nosso concelho. Em julho, propomos que tire uma semana de férias, disposto a dormir pouco, e celebre a alegria do povo nas nossas sebastianas.

Pode participar nas sessões de teatro que o vão encantar e ouvir as nossas bandas que lhe darão força para acreditar nas convicções que são comuns.

Volte cá e será bem-vindo. 

Gostaríamos de o ver cá mais vezes, mas rejeite a clandestinidade. Regresse do exílio, ao Porto e a Portugal, sobretudo agora que se agitam as moedas para lançar caminhos não andados na liderança do seu partido e na formatação de um novo governo.

Precisa de estar cá, visite a nossa terra e todas as outras, para um dia poder falar com a autoridade política que saberá construir.

Sendo um português, homem do Porto e por isso do norte saberá os valores que deve defender na luta necessária contra a narrativa permanente da Corte de Lisboa. De forma serena e consistente, como nos habituou.