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O que resta do Carvalhal

O antigo campo de futebol do SC Freamunde, chamado Carvalhal, por ali terem existido vários que sombra deram aos nossos familiares foi em tempo “privatizado” por se “verificarem” dívidas de investimento no clube. A paixão nada descortina e até abraça a desgraça mesmo quando regada com lágrimas.

Mas isso, no futebol, acontece apenas quando o penalty bate na trave e se perde depois da hora. É por isso que as tristezas no futebol são sempre coisas de prolongamento… e que ficam, ficam, isto é a gente não esquece, nem quer!

E por isso – coisa de pobres – até nos agarramos às pequenas coisas, essas lembranças tipo sol no horizonte depois de 35 dias de chuva.

Sabe-se agora que o que resta do velho Carvalhal – o espaço onde funcionaram os balneários do nosso clube – está à venda para ser destinado a uma urbanização.

O carácter simbólico deste pequeno espaço de terreno urbano tem em si um valor patrimonial que quem sente Freamunde apelida de “fundamental”.

Recordamos que nas últimas eleições, o candidato do PSD, Fernando Matos, apresentou ao eleitorado uma proposta de revitalização daquele espaço no sentido de ele permanecer público e com destino sócio-desportivo.

Os freamundenses deram um manguito ao PSD e continuaram a “festa do PS” marcada nos últimos dez anos por desinvestimentos na cidade, bastando para isso lembrar a “perda da fábrica grande” e as promessas incumpridas que o tempo teima em explicar.

Agora que este terreno está à venda, voltamos a chamar a atenção, já não dizemos a quem de direito porque eles estão-se borrifando prá coisa – o que importa é que a coisa role!  e o rio da rotunda de Paços não seque! – mas aos eleitores de Freamunde perguntando se não terá chegado a hora de meter as mãos na massa (não é dessa que falamos, aquela que vem da CMPF, por subsídios, parcerias, etc…) e exigir, de facto, que os símbolos da nossa terra sejam respeitados.

A proposta de Fernando de Matos era crucial para a qualidade de vida dos freamundenses que ali vivem, respeitava a nossa memória e dos nossos familiares. E continua a ser uma opção, desde que quem aqui vive se livre dos compromissos/promessas que tem e defenda de facto o que interessa: a nossa cidade!

E importaria que a Junta de Freguesia eleita servisse para explicar a quem pode comprar o terreno – a CMPF – que esta pequeno pedaço se não pode perder por fazer parte da história de Freamunde.

A abstenção da Junta nesta opção – isto é, fazer de conta que nada se passa – será apenas mais um prego na decadência moral do nosso povo.

por Rádio Freamunde

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